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domingo, 9 de outubro de 2011

O caititu no cativeiro no Sertão do Nordeste




A foto

Nesta fotografia pode observar um caititu em cativeiro.  A fotografia foi obtida em 27 de setembro de 2007 no Distrito de Simpatia no município de Petrolina, PE.

O fato

Nas áreas de caatinga nativa do Sertão de Pernambuco, ainda podemos encontrar alguns animais como o veado catingueiro, o caititu, a raposa, o guará, a cotia, o gato do mato, a onça de bode, entre outros.  Entre estes animais o caititu (Tayassu tajacu) é um dos mais perseguidos, visto que sua carne e pele são bastante valorizadas pela população local.  A carne do caititu é comercializada, principalmente em bares e feiras-livres da região. O caititu das caatingas do Nordeste se alimenta, principalmente de raízes, tubérculos e sementes. Nos períodos de seca severa nessa região a falta de frutas nativas, leva os animais a consumirem raízes de plantas, tais como, a raiz da maniçoba, da faveleira, e do caroá, etc. O caititu sempre anda em pequenos bandos onde se observa animais de diferentes idades. Em muitas comunidades os agricultores caçam esses animais para consumo e venda da carne. Em algumas regiões do país onde já existe a criação de caititu regularizada pelo IBAMA onde a carne do caititu pode ser comercializada por até  R$ 50. Todavia, os animais de cativeiro recebem ração comercial que diferencia o sabor de sua carne em comparação com os animais de áreas nativas, cuja alimentação é mais natural.

A siriema na caatinga do Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia, podemos observar quatro siriemas na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de outubro de 2011 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.


O fato

As siriemas (Cariama cristata) ou sariema são da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. A presença das siriemas é notada pelo seu canto. As siriemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de siriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de siriemas nos pontos mais altos dos imbuzeiros. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote. No período de seca as siriemas se aproximam das áreas cultivadas em busca de água e alimentos. Em algumas comunidades estas aves chegam ao terreiro das residências em busca de água. Embora sejam aves de pouca carne, as siriemas têm sido caçadas sistematicamente no semiárido nordestino. Essa ação das populações rurais pode levar esta espécie à extinção.

sábado, 8 de outubro de 2011

O ataque do cascudo a floração do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta foto podemos observar uma inflorescência do imbuzeiro após o ataque do cascudo. A fotografia foi obtida no dia 06 de outubro de 2011 no município de Petrolina, PE.

O fato

No período da floração do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco, ocorre um intenso ataque de pragas que provocam a queda das flores, das folhas novas e dos frutos em formação. A praga responsável por esses danos é um pequeno coleóptero chamado de “Cascudo”. Essa praga é da família SCARABAEIDAE, do gênero Philoclaenia sp., medindo, aproximadamente 8,89 mm de comprimento e 3,24 mm de largura, de coloração marrom clara que voa, em geral, ao crepúsculo ou durante a noite, e causa danos aos ramos novos e inflorescências de algumas plantas. O ataque do cascudo   acontece normalmente à noite, quando ocorre a abertura das flores do imbuzeiro, o que, se dá durante a madrugada, da hora zero às quatro, ocorrendo o cascudo  o pico de abertura às duas horas da madrugada. Para o acompanhamento dos danos provocados pelos insetos as plantas, as observações devem ter início antes do nascer do sol, por volta das 4 horas da manhã, pois, com os primeiros raios do sol, os insetos se alojam no solo e embaixo de pedras e troncos, por serem insetos de hábitos noturnos. Os danos causados à floração do imbuzeiro pelo cascudo estão relacionados diretamente com os botões florais, flores, primeiros frutos e as folhas novas, os quais são totalmente destruídos pelo inseto. O cascudo causa danos na floração e na frutificação do imbuzeiro, retardando a safra em decorrência da queda da floração inicial e uma diminuição significativa na produção.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Já tem imbu no Sertão de Pernambuco em ponto de imbuzada



A foto

Nesta fotografia podemos observar alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida no dia 21 de setembro de 2011 no Campo Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

Embora a safra do imbuzeiro na região semiárida do Nordeste tenha seu início no começo do ano, indo de modo geral de janeiro a abril, em alguns municípios da Bahia e Minas Gerais, a colheita começa na segunda quinzena de novembro. A fenologia reprodutiva do imbuzeiro tem início antes da queda de todos os frutos. As plantas perdem parte das folhas logo depois do inverno, e assim evita a transpiração e perda de água. Esse processo ocorre num período, médio de 43 dias, que corresponde ao início do verão, ficando as plantas em estado de dormência vegetativa, contudo seus os xilopódios estão cheios de reservas nutritivas o que garante a sobrevivência da planta e sua floração e frutificação. Na primeira quinzena de agosto a setembro, quando ocorrem as primeiras chuvas de verão, modificam-se a temperatura e a umidade relativa do ar, acelerando o metabolismo da planta com o aparecimento das primeiras flores e folhas. Em algumas plantas, esse processo é mais rápido e a frutificação ocorre muito mais cedo. Na fotografia, podemos ver alguns frutos em estádio de crescimento avançado no dia 21 de setembro, o que nos garante uma safra mais cedo. Todavia, essa ocorrência faz parte da grande variabilidade genética desta espécie, onde podemos encontrar plantas precoces e tardias.

A seca e a siriema na caatinga em busca de água



A foto

Nesta fotografia podemos  observar uma siriema na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 3 de outubro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A siriema (Cariama cristata) ou sariema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As siriemas alimentam-se, preferencialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de siriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de sariemas nos pontos mais altos dos imbuzeiros. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote. A siriema é uma ave da caatinga muito importante pelo papel que desempenha entre os animais deste bioma. Por ser uma ave de pouca carne, não é muito caçada na região. Seu canto serve de aviso para despertar outros animais da caatinga contra algum perigo, principalmente de cobras. Neste período do ano quando a seca começa a dificultar a  busca de alimentos e água, as siriemas aproximam-se de pomares e casas, principalmente para beber água. Os agricultores sempre colocam uma vasilha com água em um canto de cerca para as siriemas beberem.

domingo, 2 de outubro de 2011

A cisterna calçadão no Sertão do Nordeste



A foto


Nesta fotografia, pode-se observar uma cisterna calçadão com o plantio de fruteiras. A fotografia foi obtida em 26 de janeiro de 2010 no Campo Experimental da Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.


O fato


A cisterna calçadão é uma alternativa que os agricultores do Sertão do Nordeste têm para armazenar água de chuva e produzir alimentos. Esse modelo de cisterna tem como característica principal a captação da água de chuva em uma área cimentada chamada de calçadão construída de alvenaria com dimensões de 10 x 20 metros equivalente a 200 metros quadrados. Essa área pode captar um volume considerável de água para a cisterna que tem capacidade para 52 mil litros. Com essa água o agricultor pode cultivar até 36 fruteiras em uma área de 30 x 30 metros no espaçamento de 5 x 5 metros. A distribuição da água acumulada na cisterna é de 5 litros por planta na segunda, quarta e sexta-feira no período de janeiro a abril com um total de 7.560 mil litros. De maio a agosto a distribuição é de 7 litros por planta o que equivale a 13.608 litros. De setembro a dezembro a distribuição é de 14 litros por planta nas segundas, quartas e sexta-feira com um total de 30.240 litros. De modo geral são cultivadas fruteiras como, manga, limão, caju, acerola, mamão e pinha. Até o dia 30 de setembro de 2011, choveu 482,6 mm o que proporcionou a captação de 96.520 litros. Como o coeficiente de escoamento de áreas  alvenaria como o calçadão é de aproximadamente de 70%, foram armazenados 67.564 litros o que ultrapassou a capacidade da cisterna em 15.564 litros.

A seca no Sertão do Nordeste




A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro na caatinga totalmente seco. A fotografia foi obtida no dia 28  de setembro de 2005 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

A seca na região semiárida do Nordeste, tem hora para começar e terminar. Do mês de agosto a janeiro, as chuvas que ocorrem na região não são suficientes para transformação da caatinga seca em uma paisagem de beleza exemplar que é a caatinga no período de chuvas. Embora nos meses de outubro a dezembro possam ocorrer as trovoadas no Sertão do Nordeste, essas chuvas são muito incertas, contudo, se depender da fé dos agricultores, com certeza as chuvas virão e tudo na região se transformará. No Sertão de Pernambuco em 2011 até o dia 30 de setembro foram registrados 482,6 mm, sendo: 66,2 mm no mês de janeiro; 87,2 mm no mês de fevereiro; 77,5 mm no mês de março; 153,4 mm no mês de abril; 74,7 mm no mês de maio; 2,8 mm no mês de junho; 0,5 mm no mês de julho e 20,3 mm no mês de agosto. Em setembro não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da Embrapa Semiárido. Como podemos observar nos meses de fevereiro e março que são importantes para a agricultura familiar, quando os agricultores cultivam o milho, o feijão, a mandioca, etc., o volume de chuvas não foi suficiente para que os agricultores conseguissem bons resultados na colheita. Porém, as chuvas de abril e maio, não possibilitaram mais um novo plantio, por outro lado, esse volume foi suficiente para encher as cisternas com água para o consumo dos agricultores. O mês de outubro de 2011 inicia com a maioria dos barreiros secos e os agricultores com dificuldade para alimentar seus animais. Assim, mais um ano que, não é diferente da regra, a seca sempre é uma realidade no Sertão.