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domingo, 12 de julho de 2009

Alternativas para captação de água de chuva no semi-árido nordestino


A foto

Nesta fotografia podemos observar algumas alternativas para captação de água de chuva em telhados. A fotografia foi obtida em 2 de maio de 2009 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.


O fato

O Semi-Árido do Nordeste brasileiro é considerado um dos mais úmidos do planeta, visto que, a precipitação pluviométrica média é de 750 mm, podendo ocorrer anos de precipitação acima de 1000 mm, o que significa um volume de água considerável para uma região onde há deficiência e irregularidade na distribuição de chuvas que provocam secas periódicas. Contudo, as secas são uma constante na região, tornando a falta de água uma calamidade pública em anos de seca severa. Para suprir a deficiência de água para diferentes usos no meio rural, como consumo humano, animal e produção agrícola, diferentes alternativas tecnológicas têm sido desenvolvidas e/ou adaptadas às condições do semi-árido brasileiro visando à captação e o armazenamento da água de chuva, com destaque para cisterna rural que pode aumentar a disponibilidade e melhorar a qualidade das águas utilizadas pelos agricultores. De modo geral, os sistemas de captação de água de chuva utilizados pelos agricultores do Semi-Árido brasileiro apresentam diferentes coeficientes de escoamento superficial o que pode ser responsável pela perda de um volume de água significativo devido à irregularidade das áreas de captação sendo, portanto, necessário estudos que possam indicar os melhores sistemas de captação de água na região. Com esse objetivo, tem sido desenvolvido trabalhos cujo objetivo é testar diferentes áreas de captação, visando obtenção de resultados que indique qual o mais adequado para o Semi-Árido brasileiro. Atualmente estão sendo testados quatro tipos de área de captação: cobertura de argamassa de cimento e areia; cobertura de telha de cerâmica; cobertura de telha de fibrocimento e; cobertura de polietileno. Os obtidos até o momento resultados indicam que os maiores coeficientes de escoamento superficial ocorreram nas áreas com cobertura de telhas de fibrocimento e lona plástica de polietileno.


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Danos provocados pelos caprinos as plantas de imbuzeiro


A foto


Nesta fotografia se pode ver caprinos consumindo as folhas de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 19 de março de 2008.

O fato


No Nordeste brasileiro, tradicionalmente os pequenos agricultores criam seus caprinos soltos na caatinga. Estes animais consomem de modo geral, a maioria das plantas da caatinga. No período chuvoso quando a vegetação esta mais composta de folhas verdes, os caprinos não procuram plantas específicas para o consumo, contudo, no período de seca que varia de 6 a 8 meses, poucas plantas apresentam folhas verdes, entre estas, as plantas jovens de imbuzeiro. O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga mais preferida pelos caprinos. No período da safra os animais consomem os frutos e na seca, as folhas maduras e secas caídas ao chão. Porém, como as plantas de imbuzeiro possuem xilopódios que são reservas nutritivas e mantém as folhas, mesmo na seca, os caprinos provocam danos severos às plantas jovens de imbuzeiro. O resultado desta ação dos animais é a ausência quase que completa de plantas novas de imbuzeiros em áreas de livre pastejo de caprinos.

domingo, 3 de maio de 2009

Muita água de chuva no sertão do Nordeste

A foto


Nesta fotografia se pode ver caixas com água de chuva coletada em uma casa na caatinga do Nordeste. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 30 de abril de 2009.

O fato


No Nordeste brasileiro, tradicionalmente os pequenos agricultores convivem com um período de seca que varia de 6 a 8 meses. Contudo, em anos de chuvas regulares, muita água pode ser captada nos telhados das casas dos agricultores. Este ano, de modo geral, as chuvas têm ocorrido acima da média, principalmente no mês de abril. Na Comunidade de Barreiros, município de Petrolina, PE, já choveu mais de 500 mm de janeiro até agora. Com este volume de chuvas, uma residência igual a da fotografia pode captar até 31.635 litros de água em todo seu telhado (84,36 metros quadrados). O cálculo para estimar o volume é: Precipitação (500 mm) x Área do telhado (84,36 m2) x Coeficiente de escoamento superficial do telhado que é de 0,75%, para telhas de cerâmica). Porém, a maioria das casas no sertão não possui cisternas com capacidade para armazenar tanta água e parte desta é desperdiçada.



domingo, 26 de abril de 2009

Água boa no solo do sertão



A foto


Nesta fotografia se pode ver alguns caminhões pipa coletando água em um poço. A fotografia foi obtida no Distrito de Mimoso no município de Pesqueira, PE, em 21 de dezembro de 2003.

O fato


No semi-árido nordestino, a escassez de água nos meses de seca é um fato que tem causado muitos transtornos para toda a população. Contudo, nesta região há diversos poços profundos que fornecem água de boa qualidade para as populações locais. Nesta época, a atividade mais rentável é a venda de água em carros pipa. No distrito de Mimoso, município de Pesqueira a 230 km de Recife foram perfurados diversos poços profundos onde se encontra água de boa qualidade a qual é comercializada para todos os municípios vizinhos, principalmente para a cidade de Arcoverde. O que nos integra é que a sociedade de modo geral, consegue encontrar formas para amenizar a necessidade de água no período de seca, isto é, poços são abertos, caminhões pipas são utilizados para transporte e comercialização da água, etc. Más porque os governos, municipais, estaduais e federal não tomam decisões que possa aproveitar estes mananciais e amenizar a situação das populações que tanto sofrem com a falta de água na seca.

O transbordamento dos rios e riachos do sertão



A foto


Nesta fotografia se pode ver a passagem de água de chuva por baixo de uma ponte em uma rodovia do semi-árido. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 11 de abril de 2009.

O fato


No Nordeste brasileiro, as chuvas são de grande importância para o armazenamento de água para os meses de seca. Este ano, de modo geral, as chuvas têm ocorrido acima da média, principalmente no mês de abril. Muitos rios e riachos já transbordaram e muita água deixou de ser armazenada. Nossos açudes de modo geral, foram planejados para pouca água, isto, pelo fato de que, os modelos climáticos da região semi-árida prevêem um volume de chuvas estimado entre 350 a 500 mm/ano, quando as chuvas ocorrem acima da média, o excesso de água é desperdiçado. Alguns estudos realizados recentemente têm demonstrado que as mudanças climáticas poderão traze um aumento de chuvas na região, assim, termos ainda mais, perdas significativas de água por escoamento superficial.