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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Cursos de processamento do fruto do imbuzeiro


A foto

Nesta foto podemos observar um curso sobre o processamento do fruto do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em 20 de novembro de 2008 na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado de diversas formas. Já são conhecidas mais de 50 subprodutos do fruto do imbuzeiro. O doce em massa do fruto no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento é o mais produzido pelos agricultores. Outro produto de grande destaque é a imbuzada, onde é adicionado leite e açúcar a polpa do imbu cozido. Atualmente, coordenamos um projeto de pesquisa apoiado pelo BNB-FUNDECI, onde a meta principal é a realização de cursos para agricultores, técnicos, estudantes, entre outros, com o objetivo de difundir as tecnologias disponíveis sobre o aproveitamento do fruto do imbuzeiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mudas de imbuzeiro para plantio


As fotos

Nestas fotografias, podemos observar mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para plantio na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

Após a realização de diversos trabalhos visando a obtenção de mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para o plantio, chegamos a conclusão de que a muda de imbuzeiro com maior probabilidade de sobrevivência na caatinga, deve apresentar um tamanho variando de: 15 a 30 cm para o xilopódio e 60 a 100 cm para o caule. Outro fator importante é o diâmetro do xilopódio que deve ser de 2 a 5 cm. Com essas dimensões, há maior probabilidade de sobrevivência dessas mudas na caatinga. O tamanho da muda contribui para que a mesma consiga sobreviver aos possíveis danos causados pelos animais como o veado caatingueiro e outro. O xilopódio com as dimensões descritas, acima, resiste ao ataque dos animais, visto que, neste estágio, ele é mais fibroso, dificultando a mastigação. Outro fator extremamente importante é a profundidade da cova, os resultados das pesquisas demonstraram que mudas plantadas aos 30 a 40 cm de profundidade foram as menos atacadas pelos animais.

Repovoamento da caatinga com mudas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 11 de dezembro de 2008, no campo experimental da caatinga, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro contribui de forma positiva com a geração de renda e absorção de mão-de-obra dos pequenos agricultores do Nordeste semi-árido, como também, é uma fonte de alimentos para inúmeros animais silvestres, tais como: caititu, ema, veado, pata lisa, tatu-peba, pássaros, insetos, entre outros. Todavia, a população atual de imbuzeiro na caatinga apresenta reduções significativas, principalmente nas áreas de caatinga degradada. Nas áreas de caatinga nativa, embora a densidade de plantas seja maior, atualmente, há uma degradação severa das plântulas pelos animais silvestres. A causa principal é que as plântulas de imbuzeiro possuem um xilopódio em seu sistema radicular que contém muita água, sendo consumido pelos animais nos períodos de seca, como também, as plântulas pouco resistem aos períodos de estiagens que são de 6 a 8 meses na região. Neste sentido, estamos desenvolvendo um projeto na Embrapa Semi-Árido com o objetivo de repovoa a caatinga com mudas de imbuzeiro. No ano de 2008, foram plantadas 1200 mudas de imbuzeiro em comunidades de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Ceará e Piauí.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O fruto do imbuzeiro maduro

A foto

Nesta fotografia podemos observar frutos do imbuzeiro em estádio de maturação plena. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

Os frutos do imbuzeiro mais conhecidos e consumidos são aqueles chamados de imbu inchado ou “de vez” de cor esverdeada. Neste estádio os frutos encontram-se no início do processo de amadurecimento e com sabor agridoce. O fruto do imbuzeiro é climatérico e atinge seu ponto máximo de amadurecimento aos 3 a 5 dias após a colheita quando estão plenamente amarelos e são mais doces com pouca acidez que caracteriza o fruto do imbuzeiro. Normalmente, os agricultores colhem os frutos “de vez”, quando estes se encontram num estádio que permitem sua manipulação e transporte até as áreas de comercialização. Todavia, a maior produção de frutos é desperdiçada, pois os frutos que caem das plantas ficam amadurecendo embaixo das plantas e apodrecem ou são consumidos pelos animais.


A produção de frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastantes frutos maduros caídos ao chão. A fotografia foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

A produção de frutos em uma planta de imbuzeiro é estimada por diversos autores em 300 kg/safra/ano. Em pesquisas realizadas em vários municípios da região semi-árida do Nordeste, podemos confirmar que há uma grande variabilidade na produção de frutos por planta. Esta variabilidade esta relacionada com as condições geoambientais onde se encontram as plantas, isto é, se a planta estiver localizada em uma região de solos bons e com boa distribuição das chuvas, o volume de produção pode ser maior que a média conhecida, todavia há plantas em áreas mais secas do semi-árido que pouco produzem. Outro fator limitante a produção é o ataque de pragas que destoem à floração do imbuzeiro com destaque para o cascudo. As maiores produções conhecidas são de 547 kg no município de Uauá, BA, 327 kg no município de Petrolina, PE, 542 kg no município de Curaçá, BA e 642 kg no município de Macaúbas, BA. O dado importante é que estes valores de produção são referentes aos frutos colhidos pelos agricultores, não considerando os frutos que caem das plantas maduros ao chão, o que poderia elevar os valores de produção.

O atravessador da comercialização do fruto do imbuzeiro

A foto

Nesta fotografia podemos observar um atravessador da compra do fruto do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA em 28 de janeiro de 2004.

O fato

A comercialização do fruto do imbuzeiro é realizada de diversas formas, principalmente, a venda pelos agricultores para atravessadores que levam os frutos das comunidades para os grandes centros urbanos, com destaque para a Feira de São Joaquim em Salvador onde os frutos são revendidos diretamente aos consumidores e outros atravessadores que distribuem os frutos em toda Salvador. Outro mercado importante para o fruto do imbuzeiro são as indústrias que processam polpa em Feira de Santana, BA. Este segmento é responsável pela compra da maior quantidade de frutos produzidos no estado da Bahia.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A chuva na caatinga I


A foto

Nesta fotografia podemos observar o escoamento superficial de uma chuva em uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida em fevereiro de 2008 no município de Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A compota de imbu


A foto

Nesta fotografia podemos observar vidros com imbu para colocação de calda para produção de compota. Esta fotografia foi obtida por Marcone Lopes dos Santos na Comunidade de Fazenda Brandão em Curaçá, BA no mês de fevereiro de 2008.

O fato

A compota de imbu é mais uma alternativa para o aproveitamento racional desta planta. Desta forma, os frutos podem ser consumidos fora do período de safra. A compota é obtida com a adição de uma calda de açúcar aos frutos e posteriormente o cozimento em banho maria. Este produto tem sido muito apreciado, principalmente pelos consumidores de outras regiões que não produzem o fruto do imbuzeiro. Os ingredientes necessários para a compota são: 1 kg de açúcar comum; 1 litro de água potável; 2 litros de frutos no estádio de maturação “de vez”. Para obter a calda da compota deve-se misturar a água com o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo constantemente até a fervura da água. Os frutos devem ser descascados ou não. Colocar os frutos em vidros esterilizados e depois completar com a calda. Posteriormente colocar em banho-maria durante 30 minutos. Após a retirada dos vidros do banho maria, deixe esfriar em local seco e arejado por 12 horas antes do consumo.

Picles de xilopódios de imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia, podemos observar o xilopódio de mudas de imbuzeiro processados na forma de picles. A fotografia foi obtida em setembro de 2007 em Petrolina, PE.
O fato
O crescente interesse dos consumidores por frutos tropicais, aliado ao número cada vez maior de pequenas indústrias de processamento de frutas para produção de polpa, poderá tornar os produtos derivados do imbuzeiro, um rentável negócio agrícola para região semi-árida do Nordeste. Entre estes produtos, destaca-se o xilopódio de plântulas de imbuzeiro obtidos em diferentes períodos de crescimento, que pode ser consumido, " in natura " e/ou na forma de picles. Os xilopódios de plântulas de imbuzeiro aos 120 dias de crescimento podem ser utilizados de três formas para consumo. Para o processamento do picles o fluxograma é o seguinte: colheita das plantas; lavagem em água corrente por 5 minutos; corte do xilopódio; retirada da casca do xilopódio; lavagem do xilopódio em água clorada por 30 minutos; classificação; acondicionamento em vidros; adição da salmoura; branqueamento em água (80°C) por 30 minutos e; tratamento térmico por 40 minutos em banho maria a 96°C. Utiliza-se uma salmoura preparada com: a) 50 g de sal (2,5%) e 10 g de ácido cítrico (0,5%) e; b) 50 g de sal (2,5%) e 10 g de ácido ascórbico (0,5%), adicionados a 2000 ml de água. Para o acondicionamento utiliza-se vidros com capacidade de 500 ml, contendo em média 333,33 g de salmoura e 166,67 g de xilopódio. Após o preparo o picles, deve ser armazenado em temperatura ambiente por trinta dias. O xilopódio " in natura " obteve boa aceitação quanto à aparência. O picles com ácido ascórbico obteve as maiores pontuações para os atributos, aparência, sabor e textura. O picles com ácido cítrico, 50% dos provadores indicaram o atributo “gostei regularmente” para textura e 21,67% gostaram muito da aparência e do sabor. Pode-se concluir que o xilopódio de plântulas de imbuzeiro nessas formas de apresentação, pode ser uma alternativa para o aproveitamento racional desta planta.

O doce em massa de imbu maduro


A foto

Nesta foto podemos observar o doce em massa de frutos maduros do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em abril de 2008 em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado para produção de doce em massa em diferentes estádios de maturação. Tradicionalmente os frutos são utilizados no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento. Neste estádio, o fruto ainda é muito ácido e seu doce não é muito apreciado. Todavia, no estádio muito maduro, o fruto apresenta uma acidez muito baixa que confere um sabor muito agradável ao doce. Em diversos estudos realizados com o doce do fruto muito maduro, este obteve a indicação do atributo "gostei muitíssimo" para a aparência por 52,28% dos provadores e para o sabor por 46,81%. Quanto à acidez, 51,23% dos provadores indicaram também o atributo "gostei muitíssimo". Essa nota atribuída a acidez indica que neste estádio de maturação o fruto do imbuzeiro alcança seu maior grau Brix.