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sexta-feira, 8 de julho de 2011

O cultivo da palma forrageira no Sertão do Nordeste



A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma grande planta de palma forrageira. A fotografia foi obtida no dia 21 de dezembro de 2010 na Comunidade de Sítio Pereiro no Distrito de Pau Ferro, município de Petrolina, PE.

O fato

Nada é mais nordestina do que a palma forrageira. Essa cactácea segue os passos dos primeiros animais introduzidos pelos colonizadores no Nordeste brasileiro. Sempre se faz uma pergunta! Como criar animais nas caatingas do Sertão sem a palma forrageira. Embora haja muitas controvérsias sobre a origem da palma forrageira no Sertão, muitos estudiosos afirmam que a introdução da palma se deu pelos portugueses na época da colonização, provavelmente trazida das Ilhas Canárias, sendo estas de origem mexicana. Inicialmente, foi utilizada para a produção de corantes naturais “carmim”, vindo a ser utilizada como forragem somente por volta de 1915. O nosso grande Guimarães Duque afirmou que a palma forrageira foi introduzida no Nordeste em 1900 e que após a seca avassaladora de 1932 foi plantada em todos os Estados do Nordeste. No Nordeste  brasileiro são encontrados três tipos de palma forrageira; a gigante - da espécie (Opuntia fícus indica); a redonda (Opuntia sp); e a miúda (Nopalea cochenilifera). Todavia, acreditamos que há um grande número de variedades de palma forrageira na caatinga resultantes dos cruzamentos destas espécies, desde a sua introdução. Considerando que no Nordeste há mais de 20 milhões de cabeças de bovinos, 8 milhões de ovinos e cerca de 9 milhões de caprinos, a palma forrageira torna-se uma alternativa energética de grande valor para os agricultores alimentarem seus rebanhos, principalmente na época da seca.

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