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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A seca e os animais da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga em busca de água para consumo. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE. 












Os fatos


As altas temperaturas que tem ocorrido no Sertão de Pernambuco, em função da seca, tem levado muitos animais à procura de água para consumo fora de seu habitat. Entre esses animais, destacam-se; o veado-catingueiro, a raposa, o gato do mato, e principalmente os pássaros. Esses animais de modo geral, são bastantes resistentes a seca, isto é, seu consumo de água é limitado, principalmente no período do verão. Normalmente, eles só bebem quando encontram alguma fonte de água na caatinga, contudo a falta de chuvas tem provocado um fenômeno interessante que é a saída dos animais de suas áreas tradicionais para buscar água para consumo. Essa busca muitas vezes levam os animais a sofrerem a ação dos caçadores que aproveitam o momento para abatê-los. Alguns animais como o veado, consomem plantas da caatinga ricas em água como o mandacaru, o xiquexique e o caroá. Essas plantas apresentam um elevado teor de água em sua composição e os animais com seu consumo, suprem partes de suas necessidades.

domingo, 4 de outubro de 2015

A falta de chuvas no Sertão de Pernambuco

As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas áreas da caatinga que estão sofrendo com os efeitos da seca. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.











Os fatos



O período de seca que vem ocorrendo no Sertão de Pernambuco tem sido considerado severo para toda região do semiárido pernambucano. As chuvas que caíram até o momento, foram de 255 mm no Sertão do São Francisco. Esse volume representa metade da média histórica da região que é de, aproximadamente 525 mm. Do dia 1 de janeiro até hoje, ocorreram somente 22 dias com chuvas e 255 dias sem qualquer precipitação. Pra se ter uma ideia da situação pode citar da seguinte forma; no mês de janeiro choveu 3 dias e 28 dias sem chuva; no mês de fevereiro choveu 2 dias e 26 dias sem chuvas; no mês de março choveu 4 dias e 27 dias sem chuvas. Levando-se em consideração que os meses de fevereiro e março são os mais chuvosos na região, podemos afirmar que essas chuvas não foram significativas. No mês de abril choveu 6 dias e 24 sem chuvas; no mês de maio choveu 4 dias e 27 sem chuvas; no mês de junho não foi registrada nenhuma precipitação na região; no mês de julho choveu 2 dias e 29 sem chuvas; no mês de agosto choveu 0,5 mm em um dia e 30 dias sem chuvas e para piorar, no mês de setembro foram 30 dias sem chuvas. Assim, totalizamos 255 dias sem qualquer precipitação. Uma situação dessas é terrível para qualquer região do País, principalmente para o Nordeste que vem enfrentada seca desde o ano de 2012. A falta de chuvas regulares vem contribuindo para uma grande mortandade de plantas da caatinga. Plantas que até então nós achávamos que tinham certa resistência à seca, porém essas não tem suportado a falta de chuvas. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A convivência do nambu com outras aves da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a convivência do nambu da caatinga com outras aves. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.











Os fatos



Embora o nambu ou inhambu-chintã (Crypturellus parvirostris) seja uma ave arisca e muito difícil de ser vista na caatinga, principalmente por viver sempre ao chão e nas moitas, ele tem uma convivência pacifica com outros pássaros, principalmente quando procuram comida. Como podemos ver nas fotografias o nambu próximo aos cancãos, juritis, cabeça vermelha e outros.  Segundo alguns moradores da caatinga, a imitação de seu canto com um apito de madeira, chamado de arremedo, possibilita a sua aproximação e sua visualização de forma mais fácil. Alguns habitantes da caatinga acreditam que o nambu fica sem cantar até o início das trovoadas. Quando ele canta nos meses de setembro e outubro é um bom sinal para as chuvas. Nas regiões de agreste, o nambu canta ao amanhecer e ao entardecer. Nessas regiões, seu canto é um relógio pontual, isto é, quando o nambu canta são 5 horas da manha, hora de levantar e iniciar as atividades diárias e quando ele canta a tarde está próximo do anoitecer.  Quando um nambu canta os outros respondem e se tem uma bela sinfonia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O belo nambu da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um belo nambu na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos


O nambu ou inhambu-chintã (Crypturellus parvirostris) é uma das aves que mais caracteriza a caatinga nordestina. Seu canto é belo e serve para despertar os sertanejos no alvorece. É uma pequena ave que vivem sempre no chão da caatinga, principalmente nas áreas degradadas ou capoeiras. O nambu é bastante caçado pelos habitantes da região, principalmente quando estes utilizam a imitação de seu canto com instrumentos de sopro, chamados de apitos de nambu.  O nambu alimenta-se de sementes e pequenos insetos encontrados no solo da caatinga. Normalmente, eles fazem seus ninhos em pequenas moitas onde põem os ovos. Um fato interessante é que, ao nascerem, os filhotes abandonam o ninho imediatamente. Na hora de altas temperaturas na caatinga, o nambu é uma presa fácil, pois o mesmo fica na sobra das plantas, descansando. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O pássaro cancão bebendo água na caatinga


As fotos
Nestas fotografias podemos observar pássaros cancão bebendo água na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos
 O cancão é uma ave da ordem Ciconiiformes, família Falconidae, pertencente ao gênero Daptrius. Na caatinga do Nordeste, o cancão é o principal observador de tudo que acontece nada passa despercebido deste pássaro. Quando alguma coisa estranha ocorre, o cancão é o primeiro que da o sinal e chama atenção dos demais animais. É onívoro. O cancão alimenta-se de quase tudo que encontra na caatinga, más da preferência a ovos de outros pássaros e larvas de insetos encontradas em ocos e em baixo das folhas que caem ao chão. Na caatinga, este pássaro é o principal consumidor dos frutos das cactáceas, tais como, mandacaru, xiquexique e facheiro. O cancão também conhecido como a gralha da caatinga, pela semelhança com a gralha que dispersa sementes de pinheiros na região Sul do Brasil. O cancão normalmente vive em bandos de 3 a 5 pássaros. Quando o cancão encontra uma fonte de água na caatinga, eles fazem uma verdadeira festa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A seca e os animais silvestres da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais silvestres da caatinga bebendo água. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.










Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a seca já começou. A caatinga já apresenta planta com folhas secas e os barreiros estão secando. De janeiro até agora, choveu um total de 254,5 mm. No mês de janeiro choveu 20 mm. Em fevereiro foram registrados 16,1 mm e 44,1 mm no mês de março. Já no mês de abril as chuvas foram de 129,7 mm. No mês de maio choveu 27 mm e no mês de junho não foi registrada nenhuma precipitação. No mês de julho choveu um total de 17,1 mm e agosto, até o momento (17/08/2015) choveu 0,5 mm. Com o aumento das temperaturas durante o período diurno, muitos animais silvestres já procuram água para beber com mais frequência. Os animais mais vistos são os veados, as raposas, as juritis, o gato do mato, etc.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

O macassar de feijão-caupi na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o preparo de um macassar.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos

No interior do Nordeste, existe uma tradição de preparo de uma comida chamada de “Macassar”. É composta de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp., também conhecido como feijão-macássar ou macassar, arroz, costela e temperos diversos. Em outras regiões do País essa comida é conhecido como feijão tropeiro. Normalmente, o macassar é preparada quando os agricultores estão realizando trabalhos como colheita de grandes áreas, construção de cercas, desmatamento e outras atividades típicas do Sertão que envolve muitos trabalhadores. O macassar é fácil de preparo e ocupa poucas pessoas. Os ingredientes básicos são: feijão macassar, arroz, costela, charque, cebolinha, coentro, alho, etc. Tudo é colocado em uma grande panela e levada ao fogo de lenha. É claro que não pode faltar uma boa cachaça.

A floração do sete-cacas na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar a floração do sete-cascas na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos


Até o momento, já choveu um total de 253 mm no Sertão do São Francisco. Esse volume não é suficiente para repor a falta de chuva dos anos anteriores, todavia, tem contribuído para melhoria das condições da fauna e flora da caatinga. Do dia 1 de janeiro até hoje, ocorreram 21 dias com chuvas e 175 sem qualquer precipitação. Na  caatinga a maioria das plantas já iniciaram a queda das folhas. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A espécie sete-cascas, pertencente à família Leguminosae Mimosoideae, podendo atingir de 6 a 10 m de altura na caatinga. É uma espécie secundária com crescimento rápido. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete-cascas só é encontrada nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie floresce nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão). As flores que são vistas nestas fotografias surgiram depois da ocorrência de uma chuva no dia 6 de julho num total de 16,1 mm.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O gato do mato vermelho da caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma fêmea de gato do mato vermelho com dois filhotes e um macho adulto na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE. 







Os fatos


Entre os felinos silvestres da caatinga, o gato do mato é um dos mais belos. Na caatinga, destacam-se o gato-do-mato-pequeno, o gata-maracajá e gato-mourisco. Para os agricultores que residem na caatinga e criam seus animais domésticos como galinhas, ovelhas e bodes, os gatos do mato é um problema sério em períodos de seca severa. O gato do mato invade os galinheiros para comer pintos e galinhas, como também matam os borregos e cabritos jovens na caatinga. Muitos agricultores arma armadilhas para capturar esses animais na busca de reduzir o prejuízo com a morte de suas criações. Ocasionalmente, esses animais são mortos por veículos à noite nas rodovias que atravessam a região. O gato mourisco (Puma yagouaroundi) ou gato vermelho é um animal de pequeno porte, que apresenta uma longa calda, o que faz este ser chamado pelos agricultores de gato do rabo grosso. Possui coloração uniforme amarronzada-negra, acinzentada ou vermelho-amarelada.

O ninho do quero-quero na caatinga


As fotos
Nestas fotografias podemos observar um ninho de quero-quero com ovos e as cenas dos queros-queros quando alguém se aproxima do ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos
O quero-quero ou tetéu (Vanellus chilensis) é uma ave da ordem dos Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes), pertencendo à família dos Charadriidae. É uma pequena ave que se caracteriza, principalmente pelo colorido geral cinza-claro na cabeça, peito e na cauda. Uma característica do quero-quero é a defesa do ninho. De modo geral o quero-quero aparece na caatinga no período das chuvas. Faz seu ninho no meio do campo sem qualquer proteção. A fêmea normalmente fica sobre os dois ovos e o macho em volta. Quando qualquer animal ou pessoa se aproxima, estes fazem uma verdadeira guerra para defender o ninho. Uma coisa intrigante é que o quero-quero fica totalmente exposto ao sol sobre o ninho. Os ovos são postos durante a primavera em um ninho feito no solo. Como os ovos têm a casca pintada com manchas escuras, muitas vezes são pisados por pessoa ou outros animais. O macho é agressivo e ataca qualquer coisa que se aproxima do ninho. Na foto podemos ver um pequeno filhote de quero-quero.