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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O caititu consumindo frutos do imbuzeiro na caatinga

As fotos


Nestas fotografias podemos observar alguns caititus consumindo frutos do imbuzeiro na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE. 










Os fatos



Os caititus ou catetos (Tayassu tajacu) são porcos-do-mato que vivem nas áreas de caatinga nativa do Nordeste brasileiro. Normalmente são encontrados em grupos de 6 a 12 indivíduos. Raramente se ver um caititu sozinho na caatinga. Nas áreas de caatinga nativa do município de Petrolina ainda é possível se observar rebanhos de caititus. Algumas vezes são observados  fêmeas com filhotes. Na caatinga os caititus andam em trilhas e alimentam-se nas bordaduras. O caititu alimenta-se de frutos e das raízes das plantas da caatinga, principalmente do caroá e da maniçoba e da faveleira. Quando da ocorrência da safra do imbuzeiro, seu fruto é a principal fonte de alimentos desses animais. Nesta época os animais são caçados em toda região para consumo da carne pelos agricultores. 

Consumo do fruto do xiquexique pelos pássaros na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar plantas de xiquexique com flores, frutos e  pássaros consumindo os frutos do xiquexique na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.








Os fatos

O xiquexique é uma planta da Família das Cactaceaes, do Gênero: Pilosocereus e da Espécie: Pilosocereus gounellei. É uma planta arbustiva de ampla distribuição em toda região semiárida do Nordeste. Seu porte apresenta variação de 2,5 a 3,7 m de altura, com copa medindo de 1,5 a 4,5 m. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g. Os frutos do xiquexique são bastante consumidos por animais silvestres, principalmente os pássaros. Esta planta tem apresentado um bom desenvolvimento em áreas de solos degradados e de irregularidades na distribuição das chuvas. Assim, pode-se considerar que o xiquexique, como outras cactáceas do semiárido é uma opção para o repovoamento de áreas onde não mais é possível o cultivo de lavouras tradicionais como milho, feijão, etc. No período da floração e frutificação do xiquexique, há uma oferta grande de alimentos para os animais da caatinga.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Animais da caatinga consumindo frutos do imbuzeiro





As fotos

Nestas fotografias podemos observar animais da caatinga consumindo frutos do imbuzeiro. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.




Os fatos


Embora a seca tenha afetado severamente a região semiárida do Nordeste nestes últimos três anos, algumas plantas nativas da caatinga ainda conseguem sobreviver e produzir alimentos, principalmente, para os animais silvestres.  Entre essas plantas, destaca-se o imbuzeiro. O imbuzeiro, mesmo em anos de seca severa ainda consegue produzir frutos que são consumidos pelos animais da caatinga, tais como o caititu, o veado catingueiro, a raposa e muitos  pássaros. Como as temperaturas diurnas têm sido bastante elevadas, os animais visitam o imbuzeiro onde está caindo frutos, preferencialmente à noite, com destaque para as raposas e caititus. Na época da safra do imbuzeiro, os frutos são a base da cadeia alimentar desses animais. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O jacu da caatinga do Nordeste

As fotos


Nesta fotografia podemos ver um jacu atravessando uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE. 




Os fatos


O jacu é uma das mais belas aves da caatinga, contudo sua caça predatória tem contribuído para que essa espécie encontre-se em risco de extinção, principalmente, no Sertão de Pernambuco. Com a seca que ocorreu na região, às aves em busca de alimentos têm se aproximado muito de áreas habitadas e facilitado seu abate pelos caçadores.  O jacu é uma espécie de ave grande com topete pardo avermelhado com barbela avermelhada. O jacu normalmente é visto encima das árvores, más na caatinga como as plantas são pequenas em comparação com as grandes florestas, o jacu é visto sempre no chão. Em áreas com plantas frutíferas o jacu é visto com mais frequência consumindo os frutos caídos ao chão, principalmente, os frutos do imbuzeiro.  

As chuvas e as flores da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar plantas da caatinga com flores, após um longo período de seca. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos


A seca que atingiu parte do Sertão de Pernambuco nestes últimos meses, perdeu força em função das chuvas que ocorreram na região no mês de novembro e nos primeiros dias de dezembro. A caatinga que apresentava uma vegetação totalmente seca, agora aparece com um verde espetacular com uma grande diversidade de flores. Essa renovação da vegetação tem importância grande para o bioma caatinga, principalmente para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga que enfrentavam uma restrição severa de falta de alimentos.  No município de Petrolina, PE, choveu até o momento um total de 301,1 mm, desse total, 91 mm ocorreram nos últimos 15 dias. Essas chuvas foram responsáveis pela explosão da vegetação com uma nova cobertura de folhas e flores. 

sábado, 22 de novembro de 2014

A reprodução da siriema na caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar um ninho de siriema com ovo e filhote na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


A sariema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar nas áreas de vegetação de campos abertos e da caatinga. No seu habitat natural a siriema não levanta voo, essas aves  só voam quando esta sob ameaça.  Nos caminhos, estradas e veredas da caatinga, as siriemas quando são avistadas correm muito e depois levantam voo. As sariemas alimentam-se, preferencialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga, como também dos mais variados frutos nativos da caatinga como o imbuzeiro e o juazeiro. O grupo de sariemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores com galhos secos e numa altura que da para observar a movimentação ao redor. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote que demoram entre uma a duas semanas para deixar o ninho. Os pais sempre estão por perto para proteção do filhote e para alimenta-lo.

domingo, 9 de novembro de 2014

A seca e suas peculiaridades no Sertão de Pernambuco

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar alguns cenários da caatinga no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos


A seca é uma regularidade na vida dos pequenos agricultores do Sertão de Pernambuco. Todo ano os agricultores já sabem que terão dificuldades para alimentar seus animais no período de seca que normalmente, ocorre de agosto a janeiro. Em alguns anos, ocorrem chuvas em outubro e dezembro que aliviam de forma significativa a fome dos animais e a falta de água. Contudo, quando as chuvas são irregulares, isto é, chove pouco mais de 250 a 350 mm no ano, na caatinga não é muita fácil para os agricultores que vivem nesta região. A situação fica mais difícil para aqueles agricultores que possuem grandes rebanhos, tanto de bovinos, quanto de caprinos, visto que os animais necessitam de um volume maior de alimentos para sobreviver no período de seca e, muita água para consumo. Todavia, a seca apresenta certas peculiaridades em cada região do sertão. No município de Petrolina, embora tenha ocorrido um total de 262,3 mm até essa data, a situação não é muito boa para os agricultores, visto que, os barreiros secaram e o capim morreu. Por outro lado, no município de Dormente, chove até agora um total de 224 mm, contudo a situação dos agricultores parece ser melhor, visto que, há ainda bastante água armazenada nos barreiros e muito capim para os animais. O que devemos entender, são as estratégias utilizadas pelos agricultores de cada região, no manejo da água disponível e das pastagens, assim, será possível conviver com as irregularidades climáticas que assolam toda região do semiárido nordestino.

sábado, 8 de novembro de 2014

A irrigação de fruteiras na caatinga com cabaça

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as alternativas dos agricultores para irrigar fruteiras e hortaliças na caatinga. As fotografias foram obtidas em comunidades do município de Petrolina, PE.








Os fatos

Na busca por alternativas para realizar a irrigação de pequenos pomares no Sertão do Nordeste, muitos agricultores têm utilizado diversas formas para armazenar e distribuir à água da chuva. Na comunidade de Sítio Baixa da Boa Vista no município de Dormentes, PE., o agricultor Ailton José Rodrigues vem utilizando com muito sucesso uma forma alternativa inusitada para armazenar e distribuir a água da cisterna nas suas fruteiras. O agricultor dispõe em sua propriedade de uma cisterna calçadão com capacidade para 52 mil litros. Com essa água ele irriga um pequeno pomar com algumas fruteiras e pequenos canteiros com hortaliças. Segundo ele, uma maneira de ganhar tempo com a irrigação das fruteiras é colocar a água em um recipiente que distribua a água por vários dias. Assim, ele utilizou as cabaças produzidas na roça. As cabaças são muito utilizadas no interior do Sertão como forma de depósito para colocação de água e alimentos para os animais ou para colocação de água para consumo humano. Seu Ailton fez um pequeno furo nas cabaças e colocou um prego para controlar a saída da água. Assim, ele colocar água na cabaça e essa água é distribuída lentamente por até 8 dias nas plantas.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A seca e os hábitos dos animais silvestres da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns caititus na caatinga a noite. Devido as altas temperaturas que tem ocorrido na região e a falta de chuvas, caminha no período diurno na caatinga não é uma boa opção para os animais silvestres.







Os fatos


A seca que vem ocorrendo no Sertão do nordestino tem afetado severamente a vida de muitos animais silvestres. A falta de água para consumo e de alimentos são alguns dos problemas enfrentado pelos animais. Na fotografia podemos ver os caititus caminhando na caatinga a noite para fugir das altas temperaturas diurnas que chegam próximo aos 40 graus. Até o momento tivemos no município de Petrolina, PE, um total de 212,4 mm de chuvas. Valor muito abaixo da média histórica que é de 525 mm.  No mês de janeiro choveu 14,9 mm. No mês de fevereiro foram registrados 54,2 mm. No mês de março ocorreu uma precipitação de 37,6 mm. No mês de abril foram 73,5 mm de chuvas. No mês de maio, foi registrado um total de 4,7 mm. No mês de junho choveu 0,7 mm e no mês de julho 17,9 mm. No mês de agosto choveu apenas 3,5 mm e em setembro um total de 1,0 mm. Até hoje, 29 de outubro de 2014 choveu um total de 4,4 mm. Com a chegada de novembro, o sertanejo espera a ocorrência das trovoadas, marca característica deste período, o que pode mudar o cenário da fauna e flora da caatinga, consequentemente a vida dos animais silvestres com a formação de pastagens, frutificação de plantas nativas e água para consumo.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Período de acasalamento do veado catingueiro na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um casal de veado catingueiro em período de acasalamento. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


O veado catingueiro é um animal solitário na maior parte do tempo, todavia nos períodos de acasalamento é possível ser avistados juntos com as fêmeas na caatinga. A fêmea quando em período cio, exalam seus odores característicos que atraem os machos para o acasalamento. Na caatinga é muito difícil observar um casal de veados em cio. De modo geral, tanto o macho quanto as fêmeas são vistos sozinhos quando estão alimentando-se na caatinga. A fêmea segue próxima a filhote por um longo período. O macho nunca é visto próximo ao filhote. Essa espécie apresenta um período de gestação de aproximadamente, 200 dias. Embora os filhotes ao nascer apresentem uma fragilidade muito alta, isto é, são presas fácies para os predadores naturais da caatinga como as onças e outros felinos, ainda podemos observar alguns filhotes em áreas de caatinga preservada.