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domingo, 12 de julho de 2009

A água de chuva no pote

A foto

Nesta fotografia podemos observar uma agricultora diante da parte mais importante de sua casa, o pote com água de chuva. A fotografia foi obtida em 6 de novembro de 2007 na Comunidade de Sítio Pageú no município de Dormentes, PE.

O fato

Água para o consumo das famílias que vivem na zona rural do Nordeste é um bem de grande valor. De modo geral, as famílias armazenam, água de chuva nas cisternas e consome de diversas formas. Algumas usam geladeiras, filtros ou o tradicional pote de barro. O pote de barro é um recipiente especial, neste a água fica com uma temperatura próxima a colocada na geladeira e muito agradável para o consumo. As famílias retiram a água da cisterna, filtra, fervem e coloca hipoclorito, assim, a água fica em condições ideais para o consumo. Não há água melhor, basta lembrarmos que nos centros urbanos, a água de modo geral passa por diversos tratamentos com uma quantidade enorme de produtos químicos que muitas vezes deixam resíduos inadequados para a saúde humana. Assim, a água da cisterna após os devidos cuidados no pote é uma delícia.

Os limites da utilização de água de cisterna no sertão nordestino


A foto


Nesta fotografia se pode ver mulheres lavando roupas com água de chuva coletada em uma cisterna na caatinga do Nordeste. A fotografia foi obtida na Comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE, em 26 de outubro de 2006.

O fato

No Nordeste brasileiro, tradicionalmente as famílias que vivem na zona rural convivem com um período de seca que varia de 6 a 8 meses. Neste período, a utilização da água armazenada nas cisternas é um fator determinante para que não falte água, principalmente para o consumo na seca. Contudo, não é difícil encontra famílias que desperdiçam água de chuva com lavagem de roupas e outras atividades não prioritárias. Não queremos dizer que as famílias não necessitam, lavar suas roupas, más utilizar água de chuva é um descaso muito grande com um líquido tão precioso na região. Há alternativas para a lavagem de roupas, sempre é possível encontrar uma fonte de água que não é adequada para o consumo e pode ser utilizada para este fim. Para essas famílias, a cisterna sempre será abastecida pelos carros pipas e água não é problema. Por isso que elas dão pouco valor a água da chuva armazenada nas cisternas.

Alternativas para captação de água de chuva no semi-árido nordestino


A foto

Nesta fotografia podemos observar algumas alternativas para captação de água de chuva em telhados. A fotografia foi obtida em 2 de maio de 2009 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.


O fato

O Semi-Árido do Nordeste brasileiro é considerado um dos mais úmidos do planeta, visto que, a precipitação pluviométrica média é de 750 mm, podendo ocorrer anos de precipitação acima de 1000 mm, o que significa um volume de água considerável para uma região onde há deficiência e irregularidade na distribuição de chuvas que provocam secas periódicas. Contudo, as secas são uma constante na região, tornando a falta de água uma calamidade pública em anos de seca severa. Para suprir a deficiência de água para diferentes usos no meio rural, como consumo humano, animal e produção agrícola, diferentes alternativas tecnológicas têm sido desenvolvidas e/ou adaptadas às condições do semi-árido brasileiro visando à captação e o armazenamento da água de chuva, com destaque para cisterna rural que pode aumentar a disponibilidade e melhorar a qualidade das águas utilizadas pelos agricultores. De modo geral, os sistemas de captação de água de chuva utilizados pelos agricultores do Semi-Árido brasileiro apresentam diferentes coeficientes de escoamento superficial o que pode ser responsável pela perda de um volume de água significativo devido à irregularidade das áreas de captação sendo, portanto, necessário estudos que possam indicar os melhores sistemas de captação de água na região. Com esse objetivo, tem sido desenvolvido trabalhos cujo objetivo é testar diferentes áreas de captação, visando obtenção de resultados que indique qual o mais adequado para o Semi-Árido brasileiro. Atualmente estão sendo testados quatro tipos de área de captação: cobertura de argamassa de cimento e areia; cobertura de telha de cerâmica; cobertura de telha de fibrocimento e; cobertura de polietileno. Os obtidos até o momento resultados indicam que os maiores coeficientes de escoamento superficial ocorreram nas áreas com cobertura de telhas de fibrocimento e lona plástica de polietileno.


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Danos provocados pelos caprinos as plantas de imbuzeiro


A foto


Nesta fotografia se pode ver caprinos consumindo as folhas de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 19 de março de 2008.

O fato


No Nordeste brasileiro, tradicionalmente os pequenos agricultores criam seus caprinos soltos na caatinga. Estes animais consomem de modo geral, a maioria das plantas da caatinga. No período chuvoso quando a vegetação esta mais composta de folhas verdes, os caprinos não procuram plantas específicas para o consumo, contudo, no período de seca que varia de 6 a 8 meses, poucas plantas apresentam folhas verdes, entre estas, as plantas jovens de imbuzeiro. O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga mais preferida pelos caprinos. No período da safra os animais consomem os frutos e na seca, as folhas maduras e secas caídas ao chão. Porém, como as plantas de imbuzeiro possuem xilopódios que são reservas nutritivas e mantém as folhas, mesmo na seca, os caprinos provocam danos severos às plantas jovens de imbuzeiro. O resultado desta ação dos animais é a ausência quase que completa de plantas novas de imbuzeiros em áreas de livre pastejo de caprinos.