Busca no Blog

terça-feira, 29 de abril de 2008

O sabor tradicional do imbu: a imbuzada

A foto

Nesta imagem, podemos observar dois copos e uma jarra com imbuzada. A fotografia foi obtida em um restaurante de Petrolina, PE em fevereiro de 2008.

O fato

Das receitas obtidas com o fruto do imbuzeiro, a imbuzada é a mais tradicional. De forma simples, pois basta juntar leite, açúcar e polpa de imbu. Este produto é o mais consumido e apreciado pelos habitantes da região semi-árida do Nordeste. A receita da imbuzada é simples: Ingredientes: ½ litro de leite.125 g de açúcar. 1 pacote de polpa de imbu (100 g)
Modo de preparo:
Misture a polpa congelada ao leite eao açúcar.Bata em liquidificador os ingredientes por 3 a 5 minutos e sirva.Rendimento: 7 porções.

Filé de peixe ao molho de imbu


A foto
Nesta fotografia pode-se observar um prato preparado com peixe e molho de imbu. A fotografia foi obtida em um restaurante no município de Piranhas na região de Xingó em Alagoas em abril de 2008.
O fato

O imbuzeiro é uma fruteira nativa da região semi-árida do Nordeste de grande importância sócio-econômica, principalmente para os agricultores da zona rural. São inúmeras receitas que podem ser preparadas com os derivados do imbuzeiro. Essa capacidade de utilização do fruto do imbuzeiro já havia sido demonstradas eEm 22/01/1959 pela prof. Carmélia Barbosa Régis do Distrito de Tiguara, Campo Formoso-BA, em entrevista ao Jornal Correio da Manhã, quando enumerou mais de 48 produtos obtidos do imbuzeiro. Esta nova receita é mais uma das opções para o aproveitamento do imbuzeiro. Ingredientes: 1 kg de filé de peixe, 1 limão, Sal a gosto, 200 ml de polpa de imbu, 1 cebola picada, 2 colheres (sopa) de farinha de trigo, 3 colheres de margarina, 3 xícaras (chá) de leite, 2 colheres (chá) de azeite de oliva¼ lata de creme de leite. Sal a gosto. Modo de Preparo:Tempere o filé de peixe com limão, sal, e grelhe. Faça o molho refogando a cebola picada na margarina, em seguida acrescente a farinha de trigo, deixe um pouco e vá dissolvendo com o leite. Depois bata no liquidificador acrescentando a polpa de imbu. Por último para dar consistência acrescente o creme de leite. Sirva o peixe coberto com o molho. Acompanha arroz com ervilhas e legumes. Dica:Para enriquecer o sabor do arroz, você pode utilizar polpa de frutas no final do cozimento.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Influência da irrigação na fenologia do imbuzeiro

A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante folhas verde e outra ainda em dormência vegetativa. A foto foi obtida no dia 01 de novembro de 2007 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Tradicionalmente, a fenologia reprodutiva do imbuzeiro ocorre no período de agosto a novembro, quando as ocorrências de precipitações na região semi-árida é muita rara. Todavia, as reservas nutritivas do imbuzeiro nos xilopódios, garantem a sobrevivência da planta e a produção de frutos. Após alguns anos de pesquisa e observações, realizamos estudos com o objetivo de avaliar a aplicação de irrigação suplementar no imbuzeiro, visando uma maior produção de frutos e a antecipação da safra. Os resultados obtidos já demonstraram que pode-se obter uma elevação significativa na produtividade das plantas, como também na antecipação da safra. Este ano, no dia 01 de novembro, já colhemos frutos maduros nas plantas irrigadas. Nas plantas que não receberam irrigação suplementar, a safra terá início, provavelmente na primeira quinzena de janeiro.

domingo, 8 de julho de 2007

O tatu-peba e o imbuzeiro III

A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba escavando o solo para consumir o xilopódio de uma planta nova de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 8 de julho de 2005 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato
O imbuzeiro é uma planta da caatinga que tem como característica principal a formação de xilopódios nas raízes. Nas plantas novas, forma-se um pequeno xilopódio que perdura por até um ano, quando a planta forma novas raízes e novos xilopódios. Contudo, nesta fase as plantas novas de imbuzeiro são bastante vulneráveis aos animais da caatinga que consomem raízes e rizomas, tais como o tatu-peba. Em pesquisas realizadas em diversos municípios dos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, foi constatado que no primeiro ano de crescimento, aproximadamente 89,75% das plantas de imbuzeiro tem seus xilopódios consumidos pelo tatu-peba. Este fato pode ser considerado como uma das causas da baixa densidade de plantas de imbuzeiro na caatinga.

O tatu-peba e o imbuzeiro II


A foto

Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 18 de maio de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato

No período da safra do imbuzeiro que ocorre geralmente de janeiro a maio, o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo frutos caídos ao chão. Embora seja um animal de hábito noturno ele consome os frutos do imbuzeiro entre as 5 e 9 horas da manhã e após as 17 horas. O tatu-peba tem sido caçado constantemente pelos agricultores para consumo de sua carne, contudo ainda é possível encontrar um número significativo destes animais na caatinga.

O tatu-peba e o imbuzeiro I


A foto

Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando xilopódios de uma planta adulta de imbuzeiro para consumir. A fotografia foi obtida em 20 de setembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato

O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem como característica, o consumo de raízes e frutos das plantas. Este animal escava o solo embaixo das plantas que produze rizomas e xilopódios e os consome. No período da safra do imbuzeiro, o tatu-peba consome uma quantidade razoável de frutos que caem das plantas. Este animal também é grande consumidor de larvas e insetos que habitam o solo da caatinga. Tradicionalmente o tatu-peba é conhecido como o principal animal que escava e come os xilopódios das plantas adultas de imbuzeiro.

domingo, 1 de julho de 2007

Flores da caatinga IV


A foto

Nesta foto podemos observar a floração do sete-cascas após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

O sete-cascas (Tabebuia spongiosa) é uma das plantas com as flores mais belas da caatinga. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu.

As flores da caatinga III

A foto

Nesta foto podemos observar a floração da jurema às margens de uma rodovia. A fotografia foi obtida no dia 11 de novembro de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, a paisagem de cor cinza escura que caracteriza a caatinga seca, dar lugar ao espetáculo de cores e formas com o surgimento da floração de inúmeras plantas da caatinga. Entre estas, a jurema-preta (Mimosa hostilis Benth) é uma que se destaca pela beleza de suas flores brancas. Estas flores são fontes de alimentos para muitos tipos de abelhas e pássaros da caatinga. Embora, este espetáculo seja muito rápido, de 3 a 5 dias o cenário é encantador.

As fores da caatinga II


A foto

Nesta foto podemos observar uma bela flor Habranthus sylvaticus no solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE, logo após uma chuva.

O fato

O Habranthus sylvaticus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies que ocorre da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. Suas flores são chamados de lírios chuva. Após o período de seca que ocorrem na caatinga, as primeiras chuvas contribuem para o surgimento de uma diversidade enorme de flores. São flores, principalmente das plantas do estrato herbáceo que apresentam como características a emissão inicial de suas flores. Parece inacreditável que de uma caatinga seca, quase morta, surjam flores tão belas. É um espetáculo de cores e formas em todos os recantos do sertão que desperta com as chuvas.

As fores da caatinga I


A foto

Nesta foto podemos observar uma bela flor de Habranthus sylvaticus em solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A caatinga apresenta uma diversidade de plantas de uma beleza imensurável. São inúmeras flores que surgem logo após as primeiras chuvas que ocorrem nos meses de outubro e novembro. Estas flores são estratégias de sobrevivência das plantas da caatinga que aproveitam as primeiras chuvas para produzir seus frutos e garantir sua propagação. A flor da foto é o Habranthus sylvaticus, cuja floração ocorre logo após as primeiras chuvas. O habranthus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. As sementes de Habranthus são ligeiramente alada (e mais espessa durante a deiscência de frutos).