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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro para consumo. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.








Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a fenologia reprodutiva do imbuzeiro tem início nos meses de agosto e setembro com o início da floração. No ano passado as plantas de imbuzeiro apresentaram poucas flores, em função das irregularidades das chuvas. Nas plantas onde ocorreu floração, essa foi severamente atacada pelos pássaros e insetos, visto que, no período da floração do imbuzeiro, suas flores são as únicas opções para insetos e pássaros da caatinga. Em algumas plantas a floração é totalmente danificada o que provoca um atraso na ocorrência da safra no ano seguinte. O imbuzeiro, mesmo em anos de seca severa ainda consegue produzir frutos que são consumidos pelos animais da caatinga, tais como o caititu, o veado catingueiro, a raposa e muitos pássaros. Na época da safra do imbuzeiro, os frutos são a base da cadeia alimentar desses animais. Diante disso, esta havendo um atraso na frutificação do imbuzeiro no Sertão e os animais silvestres já estão se deslocando na caatinga em busca das plantas com frutos. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A reprodução da juriti na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a juriti no ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Os fatos


No Sertão do Nordeste, o canto da juriti é um dos sons marcante da caatinga. A juriti com sua plumagem marrom-claro vivem constantemente no solo, quando pessoas ou animais se aproximam, elas voam e logo voltam ao solo. No solo as juritis alimentam-se basicamente de sementes. A reprodução das juritis no Sertão do Nordeste ocorre nos meses de janeiro a abril, período de ocorrência de chuvas, quando a vegetação está muito verde. A juriti é preguiçosa na formação do ninho, isto é, ela junta poucos galhos no solo, leva para cima de uma arvore e forma o ninho. Essa forma de reprodução é muito vulnerável, principalmente pelo ataque das aves predadoras como o cancão. Embora se diga que a juriti seja uma ave solitária, muitas juritis são vistas no solo quando há comida e nos locais para beber água. Em cada três ninhos de juriti, dois são danificados pelos pássaros predadores, o que pode está reduzindo sua população na caatinga do Nordeste.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Água de chuvas no semiárido do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as consequências das chuvas nos rios, barragens e riachos na caatinga do município de Petrolina, PE.










Os fatos


Segundo o Dr. Aldo da C. Rebouças, a semelhança de outras regiões semiáridas do mundo, o semiárido brasileiro apresenta solos rasos e pedregosos, com baixa capacidade de retenção de água. Por outro lado, registra uma precipitação anual, em torno de 700 bilhões de m³ de água. Desse total, cerca de 642 bilhões são consumidos pela evapotranspiração e o restante, 36 bilhões de m³, perde-se por escoamento superficial. Somente 24 bilhões de m³ ficam efetivamente disponíveis para o aproveitamento. Mesmo assim, é muita água para amenizar as secas que periodicamente assolam a região. No século passado tivemos a política da açudagem com a criação em 1909 do Departamento Nacional de Obras Contra as secas – DNOCS, muitos açudes e barragens foram construídos no Nordeste semiárido, porém, hoje diante das necessidades da crescente população, principalmente no meio rural, se houvesse uma nova era de construção de grandes açudes e barragens, ainda daria para se aproveitar muita água da chuva no Nordeste semiárido.