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sábado, 23 de maio de 2015

A queda das folhas maduras da favela na caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar plantas de favela com as folhas maduras caindo ao chão. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.

Planta de favela com folhas verdes

Planta de favela com folhas maduras




Coloração das folhas da favela maduras

Caprinos consumindo folhas de favela 
As chuvas de inverno no Sertão



Os fatos



No final do período chuvoso no Sertão do Nordeste, as plantas da caatinga iniciam o período de senescência foliar, isto é, as folhas amadurecem e caem. Uma das plantas que mais se destaca neste fenômeno é a faveleira. Neste período essas folhas são a principal fonte de alimentos para os caprinos. A favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é uma forrageira nativa das caatingas do Nordeste com sua distribuição geográfica nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, muito consumida pelos animais, principalmente no período de seca. A favela é arbusto de grande porte da família das EUPHORBIACEAE com ramos lenhosos e crassos, com porte variando de 3,5 a 7,8 m, esgalhada irregularmente e armada com espinhos nas folhas. Quando os ramos são cortados, exsudam látex branco. Suas folhas são simples, alternas, espessas, lanceoladas, nervuras com espinhos urticantes. As flores são alvas, hermafroditas. Os animais consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela. Suas sementes são consumidas por animais silvestres e pelos caprinos que regurgitam as cascas nos apriscos. Os animais ramoneiam a favela no período entre as 8 e 10 horas da manhã, consumindo, principalmente os brotos e a casca. No período de maio a julho quando as folhas maduras da faveleira caem os animais dão preferência a este tipo de alimentos. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

As chuvas no Sertão de Pernambuco de janeiro a maio de 2015

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns barreiros da caatinga nos anos de 2012 a 2015. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.









Os fatos



Embora a região semiárida do Nordeste ainda sofra as consequências das irregularidades das chuvas dos anos de 2012, 2013 e 2014, a chuva que tem ocorrido até o momento tem sido considerada boa. No município de Petrolina, PE choveu até o momento um total de 239,3 mm. Embora esse total esteja um pouco abaixo da média histórica para o período de janeiro a maio, essa chuva proporcionou bons resultados para os agricultores. Em algumas comunidades foi possível produzir feijão, milho e pastagens para os animais. Más, o mais importante é que praticamente todos os reservatórios estão cheios, mesmo considerando que os 239,3 mm não seja o ideal para região. Contudo, a vegetação da caatinga esta verde com muita folhagem e não vai faltar água para os animais. No mês de janeiro choveu apenas 16,3 mm. Em fevereiro foram registrados 17,6 mm e 51 mm no mês de março. Já no mês de abril as chuvas foram de 128,7 mm. E até o momento (11/05/2015) choveu 15,7 mm. Se compararmos com o mesmo período de 2014, temos que no mês de janeiro de choveu 14,4 mm, em fevereiro foram registrados 54,2 mm, no mês de março, 37,6 e no mês de abril as chuvas foram de 73,5 mm. Já no mês de maio choveu somente 4,7 mm, num total de 184,4 mm. Esses valores foram registrados na Estação Experimental da Embrapa Semiárido, localizada no município de Petrolina, PE. 

sábado, 9 de maio de 2015

Os filhotes de caititu na caatinga do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar caititus e seus filhotes na caatinga.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.










Os fatos

O caititu (Tayassu tajacu) é um dos animais silvestres, cuja carne é muito apreciada para o consumo. Essa qualidade da carne coloca a espécie em risco de extinção em muitas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste. Embora já existam criações regulares com a criação de caititus para o abate, há uma demanda crescente pela carne do caititu o que tem levado a uma caça sistemática dos animais. O caititu que é encontrado na caatinga do Nordeste é uma das três espécies de Pecaris existentes no Brasil. São semelhantes aos porcos domésticos, por isso são também chamados de porcos do mato. A principal diferença dos porcos verdadeiros são seus caninos pequenos. Quando estão ameaçados, batem os dentes como mecanismo de defesa fazendo um grande barulho. O caititu das caatingas do Nordeste se alimenta, principalmente de raízes, tubérculos e sementes. Nos períodos de seca severa nessa região a falta de frutas nativas, leva os animais a consumirem raízes de plantas, tais como, a raiz da maniçoba, da faveleira, e do caroá, etc. No período de janeiro a abril quando da ocorrência da safra do imbuzeiro, os frutos  caídos ao chão são a base da dieta dos animais. Neste período é possível se observar muitos filhotes. Os filhotes de caititus quando jovens são muitos indefesos e requerem a proteção dos pais contra o ataque de gatos do mato, raposas e onças da caatinga. Todavia, sempre permanecem no rebanho mesmo depois de adultos.