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domingo, 30 de dezembro de 2012

Seca e chuva na caatinga de Pernambuco


As fotos

Nestas fotografias podemos observar cenas que marcaram períodos de seca e chuvas no Sertão do Nordeste nos últimos anos. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







Os fatos

Hoje, 30 de dezembro de 2012 é o 347 dia em que não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.  Até o momento choveu um total de 145,5 mm. Essas chuvas ocorreram, principalmente nos meses de fevereiro, março e maio. Em fevereiro ocorreram 5 chuvas com um total de 84,4 mm. Em março só choveu dois dias no total de 19,2 mm. Em abril não foi registrada nenhuma chuva na região. No mês de maio foi registrada uma chuva de 26 mm. Em junho foram 3,9 mm em três chuvas. No mês de julho foram registrados 1,3 mm em duas chuvas. Em agosto choveu um total de 2,3 mm em duas chuvas. No mês de setembro choveu somente 0,2 mm. Por outro lado, nos 31 dias de outubro nenhuma chuva foi registrada na região. No mês de novembro choveu 8,2 mm. Essas chuvas não foram suficientes para formação de água nos açudes e barreiros e para o crescimento da pastagem para os animais. No mês de dezembro até hoje, só foi registrada uma chuva de 0,7 mm. Nos últimos 35 anos de observações, este talvez seja um dos piores anos de irregularidade de chuvas no Sertão do Nordeste. Embora se tenha notícias de que em alguns municípios do Sertão de Pernambuco choveu mais de 400 mm, como foi em Exu onde foram registrados 481,5 mm, segundo dados da Agência Pernambucana de Águas (http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia). Se considerarmos os volumes ocorridos nos meses de janeiro (50,7), fevereiro (154,2), março (71,7), abril (5,5) e maio (89,5) no total de 371,6 mm, pode-se afirmar que nesta região as chuvas foram boas, isto é, esse volume e sua distribuição estão dentro da normalidade para esta região. O problema é: será que os nossos agricultores estão preparados para aproveitar esse volume de água, o qual é suficiente para encher cisternas e pequenos barreiros segundo cálculos de algumas entidades que atendem os agricultores no Sertão! Contudo, há inúmeros exemplos de agricultores que mesmo com está irregularidade na distribuição das chuvas, conseguiram armazenar água e alimentos para os animais. Até aqueles que plantaram com as primeiras chuvas de janeiro, ainda colheram um pouco de feijão.

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